Pesquisas

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

VIZINHOS

Vizinhos:
Envergonhado o homem segue seu rumo acompanhando as sombras das árvores para que ninguém o veja tristonho, pensativo e indiferente. A vizinhança já o julgava pelo seu jeito excêntrico de viver, seus hábitos recheados de várias manias, suas formas estranhas as quais se evitava o curso natural das regras de convivência!
Pensava que ninguém era dono de ninguém e que as pessoas nasciam presas, cresciam limitadas em correntes e deveriam seguir sua liberdade de sua própria forma após certo período de vida. Mas, a sua vizinhança não pensava desta forma e acabou fazendo com que este ser mortal errante começasse a se envolver nas prisões em que cada um vivia! Foi partindo desta adequação que ele acabou se vendo humilhado.
Nunca se imaginou infiltrando em lugares onde nunca quis frequentar, nunca gostou de falar sobre coisas as quais não o interessavam, pretendia sempre reviver as suas lutas ao invés da bobagem alheia. Como ele se arrepende a cada claridade que de todos os momentos que foi sendo acomodado até chegar ao seu grande erro!
Em toda a sua vida o homem sempre fez tudo do seu próprio jeito, corrigia seus erros sem se envergonhar-se das tentativas pelo acerto; da mesma forma que nunca teve medo das pessoas junto com as suas palavras sujas misturadas aos teus fortes álibis para manipulações grosseiras e amadoras. Foi muito impactante em tua jornada descobrir que se tornou um humano constrangedor assim como os outros e, que já não lembra mais nada de seu tempo acorrentado.
   Precisou apenas de dizer o que pensava friamente para alguém, assim como observou todos fazendo, em seu curto período vivido por ali, que um de seus vizinhos começara a julgá-lo, a intitulá-lo como rebelde sem alma e a ter uma grande desaprovação em massa daquele pequeno ambiente. Sua rejeição foi tanta que nem as suas próprias desculpas o fizeram sair daquela atmosfera infernal.
Nunca mais este indivíduo foi o mesmo, objetivou sair daquela ingrata vizinhança, porém nunca teve coragem de se arriscar em ser humilhado mais uma vez em outro lugar. Foi ai que o ser se viu todo encurralado em seu próprio abismo e começou a adequar-se a um anonimato ainda mais profundo.

domingo, 16 de janeiro de 2011

FIM PARTICULAR

Fim Particular:
Quando menos se esperava, eis que surgiu a briga variando entre indiretas e poucas palavras, criando uma interrogação no em torno do casal. O que se seguiu daí pra frente foi um grande silêncio.
Foi neste minuto que ele entendeu como os seus instintos são diferentes, ela então percebeu que este instinto poderia desligá-los por completo, perigado de sentirem nojo ao invés de afetos.
Foi vagando em teu desprezo que o homem construiu o desapego e, assim, chegou até a cuspir naquele princípio de amor. Foi quando então que esse começou a encontrar aquele desespero ao ver que tudo vivido foi uma peça teatral de fim sem aplausos, choro ou gargalhadas!
A pobre mulher, em sua fragilidade e inocência, percebendo os fatos, começa a enxergar o absurdo no mundo e a entender como é estar isolado em uma cinza tenebrosa e ser influenciado por vozes obscuras.
Os parágrafos escritos são curtos para serem comparados com a rapidez do último encontro entre eles. Da mesma forma que se encerrará este texto aqui, para seguir com um fim particular.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ENTÃO CHOVEU!

Então Choveu:

A chuva anda levando as emoções, tirando o prazer que se tem de cada momento, tirou o sabor da vida e o amargo da saudade.
Como é difícil ver em teus olhos a tristeza, presenciar uma chuva de lágrimas se escorrendo em teu rosto e pior ainda é assistir calado o teu sofrimento junto com o seu sorriso falso dado ao mundo. Desejei que esta chuva escura e suja nunca tivesse caído; para poder continuar seguindo com os nossos dias sem preocupação!
Algumas palavras que te abalaram fizeram com que teus instintos fossem lhe recolhendo para não se molhar nesta chuva que já se confunde com tantas lágrimas em teu rosto, as atitudes lhe desequilibraram e o frio só obrigou o seu coração a retrair ainda mais tuas forças.
Nesta chuvarada podemos ver uma poluição inconsequente que acabará se tornando ainda pior, tanto ao cair trazendo contigo a sujeira da ganância humana, tanto ao molhar a terra com tantas destruições. Enquanto a chuva estiver causando-lhe infelicidades teremos sérios problemas com os nossos princípios de interação.
Não se pode dizer até quando manterei vivo após esta catástrofe, por isto, tente sonhar sozinha; imaginando como a vida se reconstruirá após estas lágrimas insanas e inesperadas cessarem junto a esta chuva desastrosa e; por mais sofrido que seja este momento, tire os seus escudos para aprender a se reerguer e saia deste desespero!