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"E bebia..." |
É do meu medo que você cria a tua
história.
Justamente no momento do meu único
choro você sorriu pela primeira vez.
Foi no dia em que consegui viver quando o teu ódio aumentou.
Enquanto começava a andar na sala da casa, você tirava a minha coragem
da cozinha.
Quando aprendi a correr era você o meu
maior monstro!
Dos dias trancados no banheiro, passando por noites frias de desespero
foi da tua bebida que eu me escondia.
Nas lembranças ficaram aqueles tapas que arderam meu curto corpo.
Em algum momento eu acostumei com as tuas humilhações baforadas pelas
madrugadas a fio naquela rua de dúvidas.
As melhores palavras que eu ouvia de ti eram de agradecimento por
completar mais uma dose no copo de esquecimentos.
Tenho receio das transformações que a minha mente sofreu!
Você bebia para me esquecer, enquanto eu
lutava pelo teu amor.
Ao descobrir que a sua cria é o oposto de ti você indagou satisfações
na varanda de casa, mas até hoje eu não sei quais foram os teus elogios.
Nada justificará os meus erros na vida, e
do que conquistei não existem resquícios dos teus ensinamentos.
É no meu caderno que faço um desabafo, mas será no esquecimento que
farei as diferenças no futuro!
Você nunca se importou comigo, mas é em seu triste fim que te
mostrei o meu perdão esticando a minha mão trêmula.
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