Pesquisas

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O CASAMENTO

"O Casamento"

E foi ela quem te privou;
E é com ela que você casou.

E foi neste carinho envolvente;
Que você se libertou das correntes.

Mas foi ela quem te provocou;
E é por ela que você se afastou.

Neste pequeno ato repulsivo;
Ela pediu o término do casório.

E foi visitando as noites de bebedeiras;
Que o homem vendeu até a sua carteira.

A mulher chora pelo amor;
Enquanto ele cambaleia pelo corredor.

E é pelas mulheres em sua vida;
Que ele confunde os nomes das filhas.

A esposa agora virou ex;
Enquanto ele vira no bar mais um freguês.

A família agora destruída;
Luta para apagar esta ferida.

Mas é no quarto onde eles se amaram;
Em que ele vê as suas infelicidades amargurarem.

Seu fim anda determinado pelo vazio;
Porém, na sua arma não consta corretivos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

E BEBIA...

"E bebia..."
É do meu medo que você cria a tua história.
Justamente no momento do meu único choro você sorriu pela primeira vez.
Foi no dia em que consegui viver quando o teu ódio aumentou.
Enquanto começava a andar na sala da casa, você tirava a minha coragem da cozinha.
Quando aprendi a correr era você o meu maior monstro!
Dos dias trancados no banheiro, passando por noites frias de desespero foi da tua bebida que eu me escondia.
Nas lembranças ficaram aqueles tapas que arderam meu curto corpo.
Em algum momento eu acostumei com as tuas humilhações baforadas pelas madrugadas a fio naquela rua de dúvidas.

As melhores palavras que eu ouvia de ti eram de agradecimento por completar mais uma dose no copo de esquecimentos.
Tenho receio das transformações que a minha mente sofreu!
Você bebia para me esquecer, enquanto eu lutava pelo teu amor.
Ao descobrir que a sua cria é o oposto de ti você indagou satisfações na varanda de casa, mas até hoje eu não sei quais foram os teus elogios.
Nada justificará os meus erros na vida, e do que conquistei não existem resquícios dos teus ensinamentos.
É no meu caderno que faço um desabafo, mas será no esquecimento que farei as diferenças no futuro!
Você nunca se importou comigo, mas é em seu triste fim que te mostrei o meu perdão esticando a minha mão trêmula.